segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A grande surpresa

A mãe de Paulinho entra sùbitamente na cozinha e pega ele tirando chocolates de dentro do armário para comer escondido. Ela exclama com surpresa:
- Francamente, Paulinho, estou admirada em encontrá-lo aqui!
- Pois saiba que eu estou muito mais! - respondeu o menino - Pensei que a senhora tinha saído.

* * *


A sinceridade infantil é algo que deveríamos preservar durante toda nossa vida.
Quando afirmamos que as crianças têm muito a nos ensinar, não exageramos na assertiva.
Quantas vezes somos surpreendidos por pessoas ou fatos que nos desnudam a alma?
Acovardados diante do flagra recuamos aturdidos, inventando desculpas descabidas, representando personagens para nos defender.
Inventamos personagens, alimentamos ilusões, situações que indubitavelmente nos levarão as lágrimas mais tarde.
Quando o Mestre Jesus nos incitou a falar apenas: “sim, sim e não, não”, recomendava-nos o Senhor a prática da sinceridade em qualquer situação.
Por mais difícil que nos pareça manter esta postura, a honestidade consigo mesmo, e para com os outros é garantia de paz para o espírito.
Em muitas situações da vida adulta a postura “infantil” é profilaxia contra muitas dores da alma.
Muitas vezes acreditamos que o infantil, rima com pueril, isso não é verdade.
Observemos as crianças e com elas aprendamos!
O adulto sempre parte do pressuposto que sabe tudo, por isso não precisa ouvir a criança ou o adolescente.
Quem parar para ouvir a criança e o adolescente terá uma agradável surpresa.
Não para ouvir deles o que se deseje que eles falem, mas para que eles se revelem tal como são.
Embora a criança em sua conformação física seja frágil, em sua constituição espiritual pode ser muito mais evoluída do que o suposto adulto.
Corpo adulto não significa sabedoria, corpo infantil não revela ignorância.
A vida é tão sábia, nós somos tão presunçosos.
Cada dia que passa, constato com mais estupefação que: “somos todos alunos uns dos outros, mas a criança se encontra durante a infância em estado de honestidade e pureza espiritual muito mais elevada que o adulto”.
Deixai vir a mim os pequeninos...

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