domingo, 23 de agosto de 2009

Em companhia de si mesmo

Dizem que o cúmulo da revolta é morar sozinho e fugir de casa.
A frase acima não deixa de ter sentido, pois temos dificuldades em nos mantermos em nossa própria companhia.
Muitas vezes quando nos vemos sozinhos com nossos pensamentos, afligimo-nos com as tormentas íntimas que experimentamos.
Remorsos, magoas, etc...
Quotidianamente temos que tomar decisões em nossa vida, e o grande problema é ter que assumir o resultado dessas escolhas.
Quando acertamos, ótimo, mas quando erramos ficamos com a batata quente nas mãos, obrigados a conviver com pessoas ou situações que detestamos.
Por isso é importante que em nossas escolhas, ouçamos sinceramente o nosso coração. Nada de afobação.
Nossas opções devem ser nossas opções, não a opção dos outros, porque depois teremos que conviver com nossa consciência. Ou seja, estamos condenados a viver em nossa própria companhia, e cá pra nós, às vezes não somos flor que se cheire.
Por que violentar a nós próprios?
Mesmo que nossa escolha cause espanto naqueles que convivem conosco, não devemos nos acovardar diante da vida.
Todas as vezes que procuramos agradar aos outros, desagradamos a nós mesmos.
Conheço uma pessoa que passou grande tempo agradando o marido, depois de muitos anos ela descobriu que também tinha vontades.
Quando manifestou seu desejo ao esposo, ele assustou-se, não estava acostumado a conviver com alguém que pensasse, que fizesse escolhas.
Devemos dizer não quando sentimos vontade, e sim com a mesma intensidade.
Uma outra amiga, nunca fazia nada sem o marido, dependia dele para tudo, não buscou realização íntima e profissional, passou vários anos dependendo dele até para comprar suas calcinhas. No dia em que decidiu se fazer respeitar, não deu mais tempo, já estava velha e morreu sem nunca realizar um único sonho, nem mesmo escolher a cor das suas calcinhas.
Um outro caso é o do funcionário que só fazia as coisas que o chefe mandava, hoje ele é ex-funcionário, pois perdeu o emprego por falta de iniciativa.
São tantas as situações, que chega a nos assustar o numero de pessoas infelizes, que não tem coragem de fazer escolhas.
Não fazer escolhas, significa não decidir a vida que se deseja ter.
Nossas escolhas, certas ou erradas, nos facultarão, o aprendizado que necessitamos.
O fato é, devemos escolher conforme o nosso coração, porque do contrário, estamos condenados a viver insatisfeitos e em nossa própria companhia, e nós sabemos o quanto gostamos de se queixar, já pensou?

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