sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O auto-perdão e o remorso

Todos nós erramos, isto é fato.
Mas como lidamos com os erros?
Gostaríamos de falar sobre o auto-perdão, ou seja, sobre como devemos lidar com os erros que cometemos.
A princípio, somos vitimas da nossa ignorância, isso deve ficar bem claro em nossa cabeça. Ninguém deseja sofrer, todo mundo quer ser feliz.
As nossas escolhas intempestivas e equivocadas, nos levam a muitos sofrimentos; quando colhemos sozinhos os frutos dos nossos erros, tudo bem.
Infelizmente não é assim que ocorre na maioria das situações, alguém sempre acaba sofrendo por causa das nossas dificuldades.
É muito importante que consideremos em primeiro lugar, que os equívocos acontecem por ignorância, todavia esse comportamento ignóbil não nos exime das responsabilidades sobre o erro perpetrado.
Devemos assumir a nossa responsabilidade perante as pessoas envolvidas, mas é imprescindível que nos auto-perdoemos. O auto-perdão é a chave poderosa para que reconheçamos nossos equívocos e aprendamos com eles. O auto-perdão compreendido de maneira sincera pela criatura, tem a capacidade de liberta-la das poderosas algemas do remorso.
O remorso se pode afirmar, é o encontro da alma, com a consciência dos erros cometidos. O individuo se defronta com a dura realidade do erro, o que invariavelmente traz conseqüências desastrosas para sua vida pessoal.
É necessário que assimilemos que o remorso é um cárcere onde a pessoa se mantém voluntariamente quando alimenta o sentimento de culpa. O remorso também pode ser alimentado por terceiros, o que causa na pessoa, um aumento considerável do sentimento de inferioridade perante os outros.
Desta maneira aquele que errou vira refém da suposta vitima de ontem ou do meio em que vive. Todas as vezes que ocorre uma discussão, as pessoas atiram em seu rosto: ”Mas também, você já fez isso e aquilo...”
Quando erramos tornamo-nos vulneráveis emocionalmente, a dura realidade do erro cometido enfraquece a pessoa, por isso, muitos se aproveitam para promover a subjugação emocional, promovendo com isso, uma vingança sórdida e disfarçada, também conhecida como falso perdão.
Aquele que não consegue se auto-perdoar sinceramente, está fadado a viver sob o guante implacável do remorso, e da perseguição psíquica daqueles que supostamente dizem ter perdoado e esquecido o passado.
O auto-perdão, passa pelo auto-amor, é importante que nos amemos, nos respeitemos, mas acima de tudo, que entendamos honestamente que nossas escolhas equivocadas são oriundas do nosso desconhecimento do verdadeiro sentido da vida.
Quando aprendemos que a chama queima, não nos aproximamos mais do fogo.
Seja feliz se auto-perdoando, mas assumindo com honestidade o resultado de suas escolhas.
Não permita que os outros lhe massacrem emocionalmente atirando-lhe na face algo que já passou.

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