terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nossos desejos, nossos sofrimentos...

“Se o homem pudesse realizar metade dos seus desejos, dobraria seus problemas”. (Benjamim Franklin)

A vida é nossa grande mestra, ela nunca nos dá o que queremos, contudo, nos transforma em criaturas abastadas das oportunidades que necessitamos para evoluir.
Diante de alguns fracassos, nossa tendência é procurar os responsáveis pela não realização de nosso desejo.
Não aceitamos o fracasso, e ele deve ter um culpado, que certamente são os outros. Se não passamos em um concurso, é porque houve fraude.
Se o relacionamento não deu certo, é porque o outro é culpado.
A promoção não veio, certamente, o que conseguiu é puxa-saco.
Poderíamos listar aqui um sem numero de situações nas quais não nos faltaria justificativa para acusar os outros.
Esquecemo-nos que às vezes, não temos preparo para lograr o êxito em determinados concursos.
Um relacionamento envolve mais de uma pessoa, portanto, temos nossa cota de responsabilidade.
Na promoção, talvez ainda não estejamos preparados para executar tal função.
É importante que façamos as coisas que dependem de nós com alegria. A vida sempre nos dá sinais do que está acontecendo, e do que pode vir a acontecer.
Um brocardo popular afirma: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”, eu ainda acrescentaria, “e fica com diarréia”.
Muitos mudam com o mais simples cargo, outros chegam a menoscabar o próximo e o estado quando ocupam cargo publico.
Outros mais, trocam de parceiros como trocam de camisa, esquecendo-se que a infelicidade reside dentro deles próprios.
Se todos os nossos desejos fossem realizados certamente sofreríamos muito mais, do que supomos sofrer hoje.
É imperioso que continuemos lutando por nossos ideais, todavia, é urgente que comecemos a agradecer o que a vida nos proporciona em nossa realidade atual.
O conceito de felicidade é relativo, depende da posição de cada um no contexto social em que está inserido, de sua condição evolutiva.
Só não podemos esquecer que a felicidade verdadeira é conquista pessoal, intransferível, e certamente ela começa a ser sentida na paz que experimentamos em nossa consciência.
Ninguém pode nos entregar a felicidade embrulhada para presente.
Conquistemo-la a partir de agora, aceitando nossas limitações, mas esforçando-se cada vez mais para melhorar.
Esqueçamos os outros, a nossa competência tem o tamanho da nossa vontade.
Aprendamos a dominar os nossos desejos, o coração insaciável e sem medida é o artífice da própria infelicidade.
Nada de conformismo, a vida pede realismo.
Não cobremos de nós próprios, aquilo que nem Deus espera que façamos.
Nossos desejos, nossos sofrimentos...


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