sábado, 25 de julho de 2009

Como nossos pais



A música “Como nossos pais”, nacionalmente conhecida na voz de Elis Regina, e composta por Belchior, fala do comportamento do jovem em relação ao comportamento dos pais.
A letra afirma: “Apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”
Esta frase da música nos remete a considerações profundas: será que tal afirmação é verdadeira?
Muitas vezes os pais são surpreendidos, e, aparvalhados, não sabem como lidar com este ou aquele comportamento juvenil.
Muito se comenta sobre o “ficar”, teriam os jovens criado um novo comportamento humano?
O “ficar”, tão em moda nos tempos atuais, é uma nova maneira comportamental, ou uma adaptação de um comportamento adulto equivocado?
Qual a diferença dos adolescentes que “ficam”, para os adultos que trocam de parceiros, evidenciando imaturidade emocional e espiritual?
A questão é muito mais profunda e merece todo cuidado na analise.
Sabemos que os exemplos são marcantes na formação da criança e do jovem.
Sabemos também que trazemos de outras vidas, heranças psíquicas, resultados de ações transatas, que irão despertar fortemente na fase juvenil.
Ao assumir que “fica”, o adolescente está sendo mais honesto do que o adulto que disfarça e esconde relacionamentos variados.
Seja na idade que for, os relacionamentos não podem prescindir do respeito mutuo, da amizade e do amor.
O adolescente se depara na idade juvenil com as mais variadas informações.
Informações recebidas pelo processo educativo promovido pela família.
Informações recebidas pelo meio que o circunda: sociedade, mídia, escola, etc...
Informações que emergem em seu psiquismo, de seu próprio histórico espiritual.
É uma gama tão grande de informações a serem processadas e compreendidas, que o adolescente por um tempo, tem dificuldades em se definir para esta ou aquela tendência.
Por sua capacidade contestadora, característica dessa fase, nada do que está estabelecido lhe atrai.
A grande maioria dos jovens prefere a contestação do estabelecido.
É um grande equivoco dos educadores, acreditarem que seus modelos educacionais são fórmulas prontas a produzir seres educados.
Educação é algo mais complexo e exige do educador uma visão do ser integral.
O educando já viveu, e vai viver outras vidas.
A reencarnação é a chave para a compreensão do comportamento humano em qualquer idade física.
Cabe indagar: Qual é o mundo que estamos apresentando para as crianças e os adolescentes?
Crianças e adolescentes criam sozinhas os seus conceitos de certo e errado, mediante o que lhes é apresentado.
O adolescente pode ser comparado a um rio caudaloso de força incomensurável, de onde se deseje extrair energia.
Se suas águas não forem canalizadas para o aproveitamento das energias próprias, ele irá passar arrastando tudo em seu derredor. Sofrendo e fazendo sofrer.
Para canalizar essas energias, a família estruturada e a educação, é o leito mais perfeito para canalizar essas forças.
Se a família estiver estruturada em bases sólidas de amizade e amor, tudo fica mais fácil.
Mesmo nos casos de pais separados se houver amor, amizade e respeito pela criança ou adolescente, o leito do rio estará sedimentado para canalizar as forças juvenis.
A amizade respeitosa entre os membros de um grupo afim é a garantia de que os jovens trarão seus problemas para serem discutidos com os que o amam.
Os jovens, assim como as crianças precisam ser respeitados pelos educadores.
Quando nos sentimos amados, e respeitados, procuramos sempre os que nos amam e nos respeitam.
Os pais ou responsáveis, precisam estar com os filhos em todas as fases da educação.
A educação não pode ser padronizada e aplicada a todos os educandos de uma mesma maneira.
Os métodos educacionais devem ser flexíveis, pois cada ser tem as características e necessidades próprias, determinadas pelas experiências reencarnatórias.
Não se podem educar da mesma maneira, espíritos com necessidades diferentes.
O amor e o respeito são os métodos pedagógicos por excelência.
Seja nas instituições de ensino, seja no educandário familiar, o jovem e a criança necessitam ser ouvidos.
Aquele que é ouvido, certamente irá ouvir.
Muito do comportamento juvenil moderno, são adaptações de outros comportamentos sociais camuflados.
Vale perguntar: Os jovens criaram o “ficar”, ou adaptaram o exemplo de alguns adultos?
Converse com seus filhos.
Seja amigo dos seus filhos.
Eles também têm muito a nos ensinar.
Não concordo com a frase que diz: “O homem é produto do meio”
Creio na frase que diz: “O homem é o produto da educação recebida e dos exemplos”.
“Ainda somos os mesmo e vivemos como nossos pais”.












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